A crise na saúde contrasta com orçamento de  mais de R$ 4 bilhões aprovado pela câmara municipal para ser aplicado pelo município em 2023

Em meio à crise de superlotação por falta de leitos hospitalares em decorrência do aumento no número de casos de síndromes respiratórias e de dengue, a prefeitura de Campo Grande informou, nesta sexta-feira (28), que abriu 10 leitos para atendimento infantil na Santa Casa. O valor pode custar R$ 507 mil.

De acordo com dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a capital dispõe de 25 leitos de UTI e 91 leitos clínicos destinados exclusivamente a pacientes pediátricos, número considerado pequeno para a depiladora e mãe Janaína de Lima, em relação ao número de habitantes da capital.

“Basta apenas uma crise mais acentuada para que a falta de leito mostre sua cara novamente. É inadmissível que uma cidade como a nossa, com quase 1 milhão de habitantes, fique à mercê do descaso em relação à saúde. 25 leitos de UTI é muito pouco. Quantas pessoas precisam sofrer e morrer para que as coisas mudem? Reclamou a mãe de Kauane de 5 anos de idade.

Para justificar a contratação de novos leitos, a prefeitura firmou um Termo Aditivo, publicado na edição de hoje, (28), no Diário Oficial do município (Diogrande), cujo valor de repasse à Santa Casa é estimado em R$ 507 mil.

O executivo esclareceu, no entanto, que o pagamento relativo aos valores informados, somente serão realizados mediante a utilização dos leitos.

A crise na saúde contrasta com o valor de R$ 5,423 bilhões da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias de Campo Grande), aprovado pela Câmara de Vereadores para ser aplicado em 2023 pela prefeita Adriane Lopes, em setores que incidem a responsabilidade da administração municipal, incluindo a pasta da saúde.

Redação Bisbilho MS