Com demanda fraca, montadoras vão suspender linhas de produção; entre 2019 e 2022, queda nas vendas foi de 24,5%.

As principais fábricas de veículos no Brasil decidiram paralisar suas produções por tempo indeterminado. O cenário econômico de inflação alta, desaceleração das atividades e juros elevados frustraram as projeções do setor, que se viu obrigado a recalcular os próximos passos.

Pelo menos três grandes companhias suspenderam suas linhas de produção: General Motors (Chevrolet), Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) anunciaram férias coletivas aos funcionários.

A queda nas vendas também influenciou a decisão, que deve se prolongar até 2024, segundo a análise de economistas Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, que não descartam novas paralisações de fábricas no Brasil.

Nesta última segunda-feira (20), a Hyundai deu férias coletivas de três semanas para os trabalhadores dos três turnos da sede que produz os modelos HB20 e Creta em Piracicaba (SP).

Nesta terça (21), será a vez de a Stellantis dispensar por 20 dias os colaboradores do segundo turno da fábrica da Jeep em Goiana (PE). Daqui uma semana, será a vez dos operários do primeiro e do terceiro turnos, por dez dias, período em que toda a produção dos SUVs Renegade, Compass, Commander e da picape Fiat Toro estará suspensa.

A General Motors também suspenderá a produção da picape S10 e do SUV Trailblazer na planta de São José dos Campos (SP) entre os dias 27 de março e 13 de abril, segundo informações do Correio Braziliense.

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