Funcionária pública é presa acusada pelo crime de receptação de insumos hospitalares
A mulher trabalhava no hospital Rosa Regional em Campo Grande
A Polícia Civil prendeu uma funcionária pública após indícios apontarem a prática de desvios de insumos hospitalares do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, para uma casa de repouso privada.
A denúncia era a de que a enfermeira vinha desviando itens utilizados no atendimento dos pacientes. Entre eles, pomadas, testes para medir glicemia, gazes, seringas, agulhas, sondas, géis, êmbolos, soros, coletores de urinas, etc.
A investigação também esclareceu que os produtos capturados pela contratada pública, eram vendidos em uma casa de repouso para idosos, localizada no bairro Monte Líbano, na capital.
A polícia ainda identificou, na última segunda-feira (6), que a enfermeira, além de prestar serviços para o Regional, também trabalhava na casa de repouso citada nesta matéria.
Durante as investigações, policiais apuraram que na lixeira da residência de atendimento aos idosos, constavam diversas embalagens cujo apresentavam na identificação “venda destinada a órgãos e hospitais públicos”. Ato que caracteriza que houve desvio dos itens hospitalares da unidade pública para a privada.
Outro fato que chamou a atenção da equipe de investigadores foi a de que, em muitos insumos constavam os nomes dos pacientes acompanhados da prescrição médica hospitalar. Uma análise mais apurada visa compreender se o desvio dos itens hospitalares causou algum tipo de agravamento no estado clínico dos pacientes do hospital.
Crime de receptação
Na casa de repouso, a polícia encontrou uma sala trancada. Nela, foram localizados diversos insumos hospitalares que, segundo a investigação, estavam sendo obtidos de forma ilegal e por um preço muito abaixo do que eventualmente são repassados aos hospitais.
Em depoimento, a proprietária do local justificou que os produtos encontrados haviam sidos todos doados pela enfermeira acusada de ter praticado os desvios. Ela ainda informou que sabia como eles “haviam chegado no local”.
Em decorrência dos crimes sinalizados, a proprietária foi presa em flagrante pela prática do crime de receptação na modalidade qualificada, ato que não possibilitou que o Delegado de Polícia arbitrasse fiança.
No caso da enfermeira presa, ela responderá pelo crime de peculato-desvio, cuja pena máxima é de até 12 anos de prisão.
Redação Bisbilho MS
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