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Exame revela que menina de 2 anos que chegou morta na UPA tinha sinais de estrupo e de agressões físicas

A criança era agredida pela mãe e pelo padrasto (Freepik/ilustração)
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Foram identificados como autores a mãe e o padrasto da criança

Após registrar 30 passagens pela UPA de pronto atendimento, uma menina de 2 anos que residia no bairro Vila Nasser em Campo Grande, não resistiu a violência da própria mãe e do padrasto e morreu antes de receber atendimento médico.

De acordo com os profissionais que prestaram atendimento médico à vítima, quando a pequena chegou no local já sem vida, o corpo apresentava sinais de rigidez. Condição que, segundo a equipe médica, aponta que a criança tenha morrido 4 horas antes de ter dado entrada na unidade de saúde.

Além dos hematomas encontrados por todo o corpo, as médicas identificaram sangramento pela boca da criança. Exames também apontaram sinais de estrupo.

Outro fato que chamou a atenção dos profissionais da saúde foi a frieza com que a mãe da vítima recebeu a confirmação do falecimento da filha. Pessoas que acompanharam o caso disseram que a mulher só demonstrou preocupação quando soube que a polícia seria acionada para comparecer no local.

Sobre as medidas contra os abusos, o caso de maus-tratos já havia sido registrado pelo pai da criança em 31 de dezembro de 2021, quando ele compareceu à DEPAC (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), alegando que por vezes em que por direito esteve com a filha, identificou que havia sinais de hematomas pelo corpo dela.

Vítima da família

A menina vítima de quem deveria a deveria proteger sofria agressões constantes. Em depoimento a mãe confessou que a prática de agressões era realizada por ambos.  Outro fator que chamou a atenção foi a queixa com registro de maus-tratos feitas por parentes até mesmo no Conselho.

No entanto, no registro que consta sobre a visita dos conselheiros, na ocasião da visita, a menina aparentou estar bem alimentada e sem sinais de violência pelo corpo.

Em relação ao que vinha ocorrendo com a garota, a genitora disse que trabalhava fora e que o companheiro, padrasto da menina, ficava com as crianças. A mulher confirmou que para aplicar a correção contra os feitos da menor o homem agredia a criança com socos e tapas.

Além da menina, a delegada titular especializada, Anne Karine, informou que a mãe confessou que o bebê de 6 meses que é filho somente dela e não do casal também sofria agressões. A polícia ainda apura se um menino de 5 anos, filho apenas do agressor, também era agredido e violentado. Ambos foram presos.

Redação Bisbilho MS

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