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Na contramão do que diz a OMS sobre castração de caninos e felinos, atendimento feitos pelo Castramóvel fica abaixo do recomendado em CG

Unidade móvel que realiza o procedimento de castração na capital (Foto: site CG/Notícias)
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Os 1,5 mil atendimentos ofertados pelo castramóvel à população canina e felina da capital, entre os meses de abril de 2021 até o mês de junho de 2022, quando finalizou o atendimento na Região Urbana do Lagoa, ficou abaixo do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Ao todo, o município oferece 600 vagas para castração ao mês.

A OMS orienta que a esterilização dos pets seja feita considerando o equivalente a 9% da população humana por ano. Na contramão da recomendação, a prefeitura de Campo Grande não fez o dever de casa.

No caso de Campo Grande, por exemplo, com um total estimado de 910.000 habitantes, considerando os números, o montante precisa ser 81.900 castrações. Deste total, 95% (77.805) devem ser fêmeas e 5% (4.905) devem ser machos.

Para a advogada e presidente da Ong dos Bichos, Maria Lúcia  Metello, o município deveria adotar políticas públicas eficientes. Como campanhas permanentes de castração e convênios em clínicas veterinárias para diminuir a população animal vivendo em situação de rua.

Segundo ela, o castramóvel faz apenas parte, não sendo, portanto, visto como ferramenta que vá resolver sozinho o problema do controle populacional de cães e gatos de rua.

“O município deveria adotar políticas públicas eficientes por meio de convênios com clínicas veterinárias particulares. O castramóvel não consegue resolver sozinho o problema do controle populacional de cães e gatos de rua.  Não é interessante realizar os procedimentos aos finais de semana, porque encarece a campanha, haja vista que, sendo realizada fora do expediente, tem que se pagar diárias”, explicou.

A militante pela causa animal ainda enfatizou que a quantidade dos atendimentos realizados por órgãos como o CCZ (Centro de Controle de Zoonozes) e a SUBEA (Subsecretaria do Bem-Estar Animal) estão bem aquém do desejado.

 “Mesmo somando os 600 felinos machos e fêmeas castrados no CCZ mais 300 felinos fêmeas e machos e 300 caninos fêmeas e machos pela SUBEA, a quantidade ainda está bem aquém da desejada”.

No Brasil, a Lei federal Nº 13.426/2017 no Diário Oficial da União em 30 de março de 2017, determina a castração para o controle de natalidade de cães e gatos. A prática deve ser feita mediante esterilização permanente dos animais por cirurgia ou por outro procedimento que garanta eficiência, segurança e o bem-estar do animal.

Redação Bisbilho MS

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