A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) um novo aumento nos preços de venda da gasolina e do diesel alegando que os preços estavam defasados e que haveria risco de desabastecimento.

O aumento provocou a ira do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados no Congresso Nacional e a decepção de toda a população que sofre com os preços atuais dos combustíveis.

A Petrobras já não é uma empresa 100% estatal, mas uma empresa de economia mista, onde o Brasil é o sócio majoritário e acionistas privados compõem o lado minoritário.

Para garantir o lucro dos acionistas minoritários, que todos alegam ser exorbitante, a empresa adotou a partir de 2016 o chamado preço de paridade de importação – PPI – que impõem à empresa praticar internamente os preços praticados no exterior.

Somado a isso, a Lei das Sociedades por Ações e a Lei de Responsabilidade das Estatais não permitem que o governo exerça sua maioria no Conselho (o governo indica seis dos onze membros) para realizar mudanças na precificação dos combustíveis.

Ou seja, o preço nas alturas e os lucros exorbitantes auferidos pela Petrobras decorrem da privatização de parte da empresa.

Se fosse 100% estatal poderia vender os combustíveis a preço de custo para os brasileiros, uma vez que o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, e vender a preço de mercado no exterior. Com isso, a inflação não estaria elevada e a economia com muito mais equilibrio.

Redação Bisbilho MS