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Isenção do ISS e aporte de R$ 12 milhões para o Consórcio Guaicurus

Usuários do transporte coletivo (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
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Mais uma vez eles, os nossos queridos representantes, estão mais preocupados com o próprio umbigo do que com a população.

Acredito que seja consenso entre nós que o transporte público de Campo Grande/MS é simplesmente ruim, mal gerido e mal executado pela empresa responsável. As queixas da população nos indicam que a capital: tem poucos ônibus à disposição; faltam linhas, terminais e pontos de embarque e desembarque; existe uma superlotação dos ônibus no horário de pico; o acesso aos ônibus, terminais e pontos é extremamente precário; e, como se não bastasse, temos a quarta passagem mais cara do país. Ou seja, somos obrigados a usar um serviço público muito ruim e caro.

Dito isso, é de se assombrar que a Prefeitura da capital se sinta confortável para conferir à empresa que gere o transporte público um PERDÃO NAS DÍVIDAS DO ISS e o valor de R$12 MILHÕES COMO SUBSÍDIO (lembrando que o ISS é um imposto que a prefeitura arrecada para custear as despesas de manutenção de outros serviços públicos). Isso sob o argumento de que o Consórcio não está conseguindo pagar suas contas. Ou seja, uma empresa privada que executa mal um serviço público e cobra caro aos usuários, requer à Prefeitura mais dinheiro para continuar a desempenhar mal suas atividades, e os representantes da capital autorizam.

Trata-se de verdadeiro desrespeito com todos os cidadãos de Campo Grande/MS e com o dinheiro púbico arrecadado através dos caros impostos que temos. Isso premia uma empresa irresponsável, que oferece um serviço muito caro e de péssima qualidade aos usuários e mostra o descaso da Prefeitura com a população, já que prefere dar mais dinheiro a uma empresa do que investigar e garantir a melhoria do serviço.

Tenho para mim que se o Consórcio está preocupado com seu equilíbrio econômico e as quedas no uso do transporte público (um risco da atividade empresarial que a empresa já conhecia quando aceitou gerir o transporte público na capital), ele deve primeiro focar seus esforços em oferecer um serviço de qualidade e a preço mais realista à população. Na certa, mais pessoas usariam seu serviço e a empresa estaria melhor em suas finanças.

Por: Murilo Pina Bluma

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