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Governo prepara reestruturação da MS Mineral, de olho no crescimento do setor de mineração

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O setor de mineração ligado à extração de ferro e manganês, lidera investimentos em Mato Grosso do Sul com mais de R$ 5 bilhões previstos nos próximos dois anos, em exploração, ampliação e prospecção pela J&F, Vetorial, 3Mine e MPP Mineração. Além disso, o Estado ocupa a 7º colocação na arrecadação nacional da CFEM (Compensação Financeira da Exploração de Recursos Naturais), com R$ 345,09 milhões recolhidos por meio das operações de 147 empresas instaladas em território sul-mato-grossense.

De olho nesse potencial do setor, o Governo do Estado publicou na edição desta quarta-feira (25) do Diário Oficial do Estado a Resolução Semadesc nº 002, que constitui Grupo de Trabalho para elaborar o Plano de Reestruturação da MS Mineral (Empresa de Gestão de Recursos Minerais de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

O grupo, composto por representantes da Semadesc, do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), da Sefaz (Secretaria de Fazenda), da SAD (Secretaria de Administração) e da PGE (Procuradoria Geral do Estado), terá um prazo de 90 dias, prorrogável por igual período, para a elaboração do Plano de Reestruturação da MS Mineral.

No documento, deverão constar o Levantamento das informações geológicas do Estado de MS; as potencialidades de desenvolvimento de territórios mineiros (maciço de urucum-ferro, manganês, calcário e rochas ornamentais); o levantamento dos Minerais Estratégicos, de acordo com o Plano Nacional de Mineração 2030 (PNM-2030), do Ministério de Minas e Energia (MME); Proposta de uma política mineral sustentável e de preservação ambiental; Fontes de recursos.

“Temos em nosso subsolo, a 3º maior reserva do Brasil na região de Corumbá e Ladário. Esses locais estão atraindo investidores que buscam minérios de alto teores e consequentemente têm a sua venda garantida no mercado externo e interno. Os minérios vêm sendo extraídos há várias décadas e são responsáveis por expressiva parcela das exportações do Estado. Daí a necessidade de uma reestruturação da estrutura de um órgão que já temos em nosso organograma”, lembra o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Mato Grosso do Sul tem grandes depósitos de manganês (em Corumbá e Ladário) e o 1º do Brasil em alto teor de minério (44% a 48% de Mn) e do minério de ferro (60% a 67%). Além desse potencial concentrado na região pantaneira, a Serra da Bodoquena conta com importantes reservas de calcário dolomítico e calcítico, fosfato e mármores, bem como a extração de água mineral, folhelho, filito (indústria cimenteira) granitos (brita e rochas ornamentais), reminerilizadores de solo (pó de rocha) e materiais de uso na construção civil (areia, cascalho e basalto) e argila (usado na indústria cerâmica).

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- Foto: Reprodução - /10

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