Especialistas discutem melhorias para a saúde do homem indígena
Importância dos agentes de saúde no acolhimento das questões culturais foi apontada como fundamental para prevenção de doenças
Representantes da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai/MS) reuniram membros dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), na manhã de sexta-feira (4/11), para tratar da saúde do homem indígena. O evento foi organizado por ocasião do mês mundial de combate ao câncer de próstata, o Novembro Azul, e foi feito em formato de webnário, a partir de Brasília.
Os debates foram abertos pelo médico Fernando Pessoa Albuquerque, que atua na Coordenação de Saúde do Homem (Cosah) do Departamento de Ciclos de Vida (Deciv), da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) do Ministério. O especialista fez um panorama da Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (Pnaish) e do cuidado integral à saúde do homem.
Ele destacou que, entre 2015 e 2020, apenas 25,3% dos atendimentos individuais da Atenção Primária à Saúde foram de usuários do sexo masculino, de 20 a 59 anos, índice que também pode ser tomado como referência para os indígenas.
Diferenças culturais
Albuquerque salientou que, em geral, a procura do homem pelos serviços de saúde é menor do que a das mulheres. Alguma mudança pode ocorrer “com a conscientização dessa população sobre a importância da prevenção, evitando a procura pela assistência especializada quando alguma doença já estiver instalada”, destacou. O trabalho de sensibilização deve ser desenvolvido pelos agentes de saúde, reforçou o médico.
O evento também contou com apresentações de dois indígenas, Edinaldo Rodrigues e Rodrigo Vasconcelos, que atuam nas DSEI de Pernambuco e do Araguaia (MT), respectivamente. Os participantes abordaram o tema sob a perspectiva do homem indígena.
Em outro momento, a responsável pela Coordenação de Atributos e Promoção de Saúde Indígena (Coapro)/Dapsi/Sesai, Andrezza Maria Moreira Reis, expôs o perfil epidemiológico desse segmento.
A coordenadora sinalizou que o assunto voltará a ser abordado pelos integrantes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) e também na 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, que ocorre em Brasília, de 14 a 18 de novembro.
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