Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional onde a emissão da segunda via da Carteira de Identidade ou RG (Registro Geral), com validade em todo o território nacional de acordo com a Lei 7116/83, sendo confeccionadas pelos Institutos de Identificação estadual, se apresenta como uma das mais caras do país, considerando os demais estados da federação brasileira.

A nível nacional a primeira via é gratuita. Já em relação ao segundo pedido, no MS o cidadão que pensa em obter um novo documento de identificação precisa desembolsar atualmente o correspondente a quatro Uferms.

A cobrança por aqui equivale o valor de R$ 180,00, enquanto em Sergipe, região Nordeste do Brasil, a população paga pelo mesmo serviço o total R$ 16,25; isso de acordo com a Unidade Fiscal Padrão da Secretaria do Estado.

Já no estado vizinho, Mato Grosso, o cidadão que por alguma razão pensa em solicitar a segunda via do RG terá que pagar a taxa de R$ 70,09 na versão em cédula. Já na versão cartão, o valor sobe para R$ 99,53. A despesa chega a quase R$ 100,00 de diferença entre os estados da mesma região.

Embora o documento com foto seja indispensável para ter acesso a determinados tipos de  serviços como: bancários, a emissão de outros documentos; viajar, registrar-se em empregos e universidades, preencher cadastro e formulários, participar de vestibulares e concurso público, entre outros; diferente do estado de São Paulo que autoriza de forma gratuita a emissão da segunda via para pessoas  com idade acima dos 60 anos,  vítimas de roubo e de furto que registram junto à Delegacia da Polícia Civil Boletim de Ocorrência (BO) e para uma parcela da população comprovadamente mais carente, no MS, a gratuidade se aplica somente aos dois primeiros casos referidos.

A faxineira Sirlei de Fátima, moradora do bairro Jardim Los Angeles, lamentou que o governo de Mato Grosso do Sul, não tenha um olhar mais cuidadoso para as pessoas mais pobres que precisam da segunda via do documento até mesmo para conseguir vaga no mercado de trabalho formal.

“É triste para nós que precisamos da segunda via do RG saber que não temos dinheiro sequer para pagar as contas e comer, quanto mais ter que pagar um documento que é exigido em muitos locais, até mesmo para conseguir uma vaga melhor no mercado de trabalho. Isso gera no meio de nós exclusão quando nem dos programas sociais a gente consegue participar”, disse.

No MS, de acordo com informações fornecidas pela coordenação do Instituto de Identificação de Mato Grosso do Sul, o número de emissão de Carteira de Identidade, tanto a primeira quanto a segunda via, no ano de 2021, totalizou 89,116 mil em todo o estado.

Já em 2022, de janeiro até a data de hoje, 26 de outubro, o número registrado foi de 114.341. Para ter acesso ao serviço é necessário fazer o agendamento online no site do SEJUSP.

Redação Bisbilho MS