Após prestar depoimento em delegacia, Marquinhos Trad é indiciado e vai responder por crimes de importunação sexual, assédio e estrupo


Marquinhos Trad (PSD), ex-prefeito da capital do Estado, prestou depoimento ontem (18) na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde em seguida foi indiciado pelos crimes de estrupo, importunação sexual e assédio.
O depoimento durou cerca de 4 horas, segundo a delegada que investiga o caso, Maria Pacheco, cumpriu a última etapa do inquérito. A apuração dos fatos será encaminhada ao judiciário tendo como base as denúncias e o levantamento de provas para abertura da ação penal.
Pesa contra Marquinhos 16 denúncias. Preliminarmente, o ex-prefeito foi indiciado 5 em casos, significando que a equipe investigatória encontrou elementos suficientes dentro da apuração que remetem a autoria do ilícito ao investigado.
Caso o ex-gestor acusado seja considerado culpado após o julgamento da justiça, a pena máxima contabilizando todos os crimes podem chegar a 17 anos de reclusão, além de multas.
A luz da lei, a pena para crimes de assédio sexual varia de seis meses a dois anos, enquanto que para importunação sexual o Código Penal prevê penalidade de 1 a 5 anos. Já para o crime de estupro, a pena incute entre 6 a 10 anos.
Relembrando os fatos
Em junho deste ano, a Corregedoria da Polícia Civil foi procurada por um grupo de mulheres que alegaram ter sofrido por parte do então prefeito na época, crime de assédio.
Em se tratando do período de campanha eleitoral e com o argumento de que as denúncias não passavam de um esquema político para prejudicar sua candidatura, Trad alegou que as supostas vítimas estavam sendo pagas para fazer denúncias inverídicas.
Após a exposição dos casos, a defesa de Marquinhos solicitou a derrubada do total de 8 denúncias. Outro fato que foi analisado pelo jurista Alexandre Saldanha Capiberipe, e que favoreceu Marquinhos, uma vez que atendia o aspecto legal da lei, se deu ao fato de que em 6 dos casos, devido ao período em que se deu, caberia prescrição, uma vez que a denúncia apontou os fatos ocorridos entre 2005 e 2013.
Em tentativas para prorrogar o prazo para prestar depoimento, Trad solicitou que fosse adiado o ato, contudo, passado o período de campanha eleitoral, o pedido não foi aceito.
Redação Bisbilho MS
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