O alívio no preço dos combustíveis não depende exclusivamente da redução dos impostos no Brasil. Recentemente, por meio de medidas adotadas no Congresso Nacional, Senado Federal e Governo Federal, o valor cobrado sofreu redução nas bombas dos postos de combustíveis do país.

Contudo, a garantia de que os preços se manterão em queda não depende apenas das ações do governo. Isso porque, em 2016, o ex-presidente da república, Michel Temer, modificou o modelo de cobrança, enquadrando aos moldes do PPI (Preço de Paridade de Importação) internacional, a exemplo, o modelo adotado nos Estados Unidos e Reino Unido.   

Trocando em miúdos, mesmo que o Brasil tenha o produto, a cobrança feita considera o cálculo de importação em dólar. Outro fator que pesa negativamente para o encarecimento dos preços dos derivados do petróleo, como a gasolina, diesel e gás de cozinha, se dá ao fato de que parte da Petrobrás pertence a estrangeiros acionistas e empresários multimilionários, que por sua vez, lucram em dólar, e não na moeda do país, o Real.

Estatizar o que resta da Petrolífera brasileira é o mesmo que oferecer aos donos da terra um cheque que será depositado apenas na conta de uns, deixando o restante de mãos abanando.

Efeito cascata

O encarecimento do barril do petróleo, os custos para refinar e a logística naval portuária não afetam apenas os usuários dos meios de transportes movidos a combustíveis fósseis, como é o caso dos veículos que utilizam gasolina e o óleo diesel.

Quando a Petrobras anuncia reajuste nos preços, consequentemente, setores da indústria, a exemplo do comércio de alimentos, vestuários e outros que dependem do transporte modal rodoviário para escoar seus produtos, precisam aumentar os preços para não sofrerem prejuízos.

No final da fila, a medida incide diretamente no bolso dos mais de 214 milhões de brasileiros, que acabam pagando mais caro quando o assunto são produtos e serviços.

Redação Bisbilho MS