Cuidados regulares com os olhos podem evitar a perda da visão
Segundo Organização Mundial da Saúde, pelo menos 1 bilhão de pessoas têm uma deficiência que poderia ter sido evitada
Os olhos são órgãos sensíveis e que estão sempre expostos ao contato natural, físico ou cosmético. Para que a visão se mantenha saudável, é importante cultivar alguns hábitos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, globalmente, 2,2 bilhões de pessoas têm uma deficiência visual. Dessas, pelo menos 1 bilhão têm uma deficiência que poderia ter sido evitada ou que ainda não foi tratada. O Dia da Saúde Ocular, neste domingo (10), tem como objetivo alertar a população e os profissionais de saúde para a importância da prevenção e do diagnóstico de doenças oculares que, se não tratadas, podem levar à perda da visão.
A médica oftalmologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Adriana Sobral Lourenço, explica que é mais fácil prevenir do que tratar uma doença. “Nós temos que fazer consultas oftalmológicas, não só para avaliar a acuidade visual e prescrever auxílios óticos, mas também para prevenção de doenças como, por exemplo, o glaucoma, que não dá sintomas e se não tratado adequadamente pode levar à cegueira de forma irreversível”, alerta.
No Brasil, as principais doenças oculares acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são: erros de refração (miopia, astigmatismo, hipermetropia), catarata, glaucoma e doenças da retina (retinopatia diabética, retinopatia da prematuridade, degeneração macular relacionada à idade).
De acordo com relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, catarata e erro refrativo não corrigido, juntos, representam 74,8% de todos os casos de deficiência visual. Glaucoma, degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e a retinopatia diabética também podem causar a perda da visão.
Os principais sintomas ou sinais indicadores de possíveis problemas visuais que devem ser observados são:
- Lacrimejamento;
- Olho vermelho;
- Secreção;
- Purgação;
- Crostas nos cílios;
- Ver com os olhos semicerrados;
- Inclinação de cabeça;
- Visão embaçada;
- Sensibilidade excessiva à luz;
- Dores de cabeça;
- Visão dupla;
- Desvio ocular;
- Alterações pupilares.
A visão é responsável, naturalmente, por 85% das informações processadas no cérebro. Por isso, são importantes as visitas regulares ao oftalmologista e nada substitui o diagnóstico feito por um médico. Além disso, alguns hábitos podem ser adotados no dia a dia para proteger os olhos na prevenção de doenças potencialmente graves, como:
- Evitar coçar os olhos;
- Usar protetor ocular sempre que houver risco de algo atingir seus olhos;
- Lavar os olhos com bastante água limpa, caso caia qualquer líquido neles;
- Usar óculos ou lentes de contato apenas quando prescritos por médico oftalmologista;
- Tomar cuidado com maquiagens, pois algumas podem provocar alergia;
- Utilizar óculos escuros em ambientes com claridade excessiva;
- Procurar o oftalmologista periodicamente.
A assistência oftalmológica está disponível no SUS e inclui desde consultas e realização de exames para diagnóstico até tratamentos que podem ser cirúrgicos, medicamentosos e transplantes.
Cuidados no início da vida
Todas as crianças, quando nascem, também realizam nas maternidades públicas o Teste do Olhinho. É um exame capaz de detectar alterações no eixo visual que possam causar problemas como catarata, glaucoma congênito, entre outros. O exame avalia o reflexo da luz que entra no olho do bebê, permitindo identificar partes como cristalino, vítreo e retina, além da comparação entre os olhos.
Se for apontada alguma alteração, o recém-nascido é encaminhado para um especialista. A identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.
Fonte: Ministério da Saúde
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