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Vereador ‘chuta o balde’ e faz críticas pesadas contra o Secretário Municipal de Saúde de CG

Vereador Tiago Vargas questiona conduta do Secretário Municipal de Saúde (Foto: Reprodução)
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“Depois, dizem que eu sou o chato, que sou a oposição dentro da situação, mas essa é a realidade. Por exemplo, um contrato, que foi assinado no valor de R$ 1,700 milhão, para a manutenção de 100 autoclaves, já estamos em julho e até agora nada aconteceu, nenhum resultado”. A autoclave é um equipamento odontológico responsável pela esterilização de materiais e instrumentais diversos, sendo essencial para manutenção da biossegurança.

A fala é do vereador Thiago Vargas (PSD) que questionou na Câmara Municipal de Campo Grande, a conduta do Secretário Municipal de Saúde (SESAU), José Mauro, devido ao descaso com classe dos dentistas que prestam serviços na rede pública.

Segundo o parlamentar, o secretário “está afundando a Capital do Estado”. A ponderação veio após o Presidente do Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) e vice-presidente da Federação Nacional de Odontologia (FNO) David Chadid Warpechowski, denunciar as ‘péssimas condições de trabalho’, que a categoria vem enfrentado.

Durante o pronunciamento, Chadid esclareceu as condições precárias do sistema de esterilização. “O tempo para esterilizar o material usado pelos dentistas leva, em média, de 24 horas a 4 dias, sem contar o sistema no transporte, já que tudo está na região do Bandeira, e problemas de armazenamento comprometem o processo de limpeza. Assim, dezenas de pacientes têm atendimento desmarcado. “Isso é problema de gestão, pois recurso tem“, disse.

O sindicalista reclamou dos dias, horários e do número reduzido de dentistas nas unidades do município. “Hoje, o trabalhador não tem acesso à saúde bucal, pois ele não consegue um horário diferenciado. O trabalhador não tem acesso à saúde bucal em Campo Grande. Os atendimentos, após a flexibilização da covid-19, estão sendo ofertados somente no período da manhã e tarde. Durante a noite, aos sábados e aos domingos, ainda não estão regulares. Com isso, são cerca de 150 mil vagas perdidas no município e 12 mil horas de atendimentos clínicos perdidos”, frisou.

Diante do exposto, indignado com a conduta do gestor da pasta, o legislador não poupou palavras e prometeu levar o caso ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul. “Torno a dizer: senhora prefeita Adriane Lopes, Vossa Excelência está afundando por conta deste secretário de Saúde de Campo Grande. Uma cidade que já foi referência em saúde bucal está jogada às traças”, lamentou o vereador.

Redação Bisbilho MS

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