Mesmo com contrato milionário, Consórcio Guaicurus não paga vale aos motoristas e sindicato adere greve do transporte coletivo
Usuários do transporte coletivo foram pegos de surpresa devido a paralisação dos motoristas sem aviso prévio
Mesmo com contrato firmado com a prefeitura ao custo de 1 milhão por mês, segundo a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande, na manhã desta terça-feira (21), usuários do transporte coletivo foram pegos de surpresa com a greve dos motoristas de ônibus motivada pela falta de adiantamento do vale, anunciada na tarde de ontem (20), pelo Consórcio Guaicurus.
A empresa que explora os serviços na capital possui um acordo de pagamento cujo percentual de adiantamento representa 40% dos salários dos empregados.
A determinação que resultou no fechamento das garagens partiu do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) foi acordada durante assembleia com a categoria na noite de ontem, segunda-feira.
A motivação dos trabalhadores gerou empatia com muitos usuários das linhas de ônibus. De acordo com a gerente de uma clínica localizada no jardim Aero Rancho, Bruna Fernandes, embora a greve prejudique quem precisar fazer uso do transporte coletivo para se deslocar, a causa sensibiliza quem reconhece que o se o adiamento é uma regra acordada, então deve ser cumprida.
“Precisamos sim do transporte coletivo, principalmente para conseguir chegar ao trabalho. Por outro lado, compreendemos que se foi firmado um acordo com os motoristas, a empresa precisa cumprir com ele”, disse Bruna.
O Consórcio Guaicurus justificou a ausência de pagamento do vale por meio de um ofício encaminhado ao sindicato ainda no dia de ontem. A empresa esclareceu que não recebeu comunicado antecipado de que haveria greve. No teor do texto, o advogado esclareceu.
“Considerando a obrigação da concessionária em comunicar o poder concedente sobre fatos relevantes que impactam o serviço público de transporte coletivo, reiteramos o já externado anteriormente por ofícios e pessoalmente, e ambos até agora sem resposta”.
No intuito de solucionar o problema, a prefeitura antecipou para manhã de hoje uma reunião que estava agendada para acontecer no período da tarde. No jogo do empurra-empurra, enquanto os usuários padecem pela falta do serviço, a concessionária alega defasagem nos valores do contrato. Já a prefeitura, cobra retorno imediato das atividades.
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