Segue para o senado federal o Projeto de Decreto Legislativo 1100/18, aprovado ontem (26) pela Câmara dos Deputados que visa reduzir o consumo de gás hidrofluocarbonos (HFCs), produto que provoca o aquecimento global. O gás é utilizado como fluido na área de refrigeração e climatização e em produtos aerossóis.

Durante o discurso, o deputado Bacelar (PV-BA) alertou que apenas o Brasil e o Iêmen não haviam ratificado o acordo. Outro ponto destacado durante a votação foi a quantidade gás importado em 2021 pelo país. Segundo o parlamentar, foram cerca de   21 mil toneladas de HFCs. Caso o Brasil não assine o acordo, o fornecimento do produto ao país poderá ser suspenso.

A casa legislativa também apresentou dados que apontam um agravante no impacto ambiental causado pela emissão do HFCs. De acordo com dados apresentados, o aumento já beira cerca de 8% anualmente, o que corresponde por 19% emissão de gases de efeito estufa em 2053.

Além do dióxido de carbono (CO2), principal agente pelo aquecimento global, dados do Secretariado das Nações Unidas para o Ozônio, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), informo que sem a Emenda de Kigali, a contribuição do HFC para o aquecimento global poderia por si só provocar um aumento médio da temperatura de 0,5°C. Outro ponto destacado pela entidade é a de que o HFC é considerado 15 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono.  

Projeto apreciado afirma que os países em desenvolvimento deverão congelar seu consumo do gás HFC até 2024, de acordo com a Emenda de Kigali.