Há cinco meses sem receber alimentação enteral para o esposo, mulher vive drama e entra na justiça contra o Estado
Não é fácil a vida de quem depende das ações do Estado para sobreviver. Esse é o caso da aposentada Marlene de Deus que cuida do esposo, Aparecido Vitório, ex operador de máquinas pesadas, de 71 anos, vítima de um AVC (Acidente Vascular) de incapacidade moderada grave, escala 4.
Desde 2020, Vitório depende da alimentação enteral para sobreviver. Marlene disse que na ocasião, para ter acesso a dieta especial, a família precisou entrar com uma ação contra o Estado. Meses depois, já recebendo, o fornecimento foi interrompido pela Casa da Saúde, sob alegação deque a alimentação não havia sido comprada pela administração estadual.
Com apenas um salário mínimo e não tendo mais a renda complementar do esposo, a família agora enfrenta dificuldades para comprar a nutrição especial que custa em média R$ 330 um kit com 12 unidades. Por dia, são utilizadas na alimentação dois frascos da dieta.
“Há cinco meses o Estado simplesmente deixou de fornecer a alimentação para meu esposo. Toda semana eu ligo na Casa da Saúde para saber se chegou, mas a informação que temos é a de que o estado não comprou e que não há previsão de quando vão voltar a entregar”, lamentou.
Marlene esclareceu que entrou novamente com um novo pedido na Defensoria Pública para obrigar o Estado a retomar o fornecimento. Segundo ela, o descaso que a administração pública estadual vem tendo com muitos pacientes é desumano.
“Infelizmente, buscar o auxílio da justiça foi a única alternativa que restou. Há um descaso muito grande com muitos pacientes. Muitos estão abandonados. Penso como é possível muitos deles sobreviverem?”, desabafou.
Procurada pelo Site Bisbilho MS, a assessoria de comunicação da SED (Secretaria Estadual de Saúde),não respondeu às perguntas sobre os motivos da alimentação não estar sendo fornecida ao paciente pela Casa da Saúde.
Redação Bisbilho MS
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