“Política, para que te quero?”
O dia é sábado, 19 de março de 2022. Logo pela manhã, abro meu computador e resolvo navegar entre os jornais do estado. Primeiro jornal: várias notícias sobre o prefeito que decidiu se candidatar, sobre o governador que fez tal coisa, ou sobre o fulano e o ciclano que decidiram que vão ser candidatos. Segundo jornal: mais notícias assim (sempre dando destaque para as mesmas pessoas). Terceiro jornal: mais do mesmo, ou seja, tudo igual.
Com tantas notícias iguais, me canso dos jornais e me lembro que mais uma vez estamos em meio ao fatídico, temido e caótico ANO ELEITORAL. (Aliás, meus amigos, preparem-se para esse 2022 de pandemia(s), eleição e copa do mundo – tomara que pelo menos aqui o final seja feliz e voltemos do Qatar com o hexa! – ele promete fortes emoções)
Mais uma vez estamos em um ano onde cabe a nós decidir os futuros políticos do país; onde percebemos que não temos ideia de quem são as figuras políticas que nos representam, ou querem nos representar; em um ano onde nos questionamos profundamente sobre as reais intenções desses políticos para o Brasil, e julgamos cada um deles sem sequer nos engajarmos no debate.
Viva! Mais um ano eleitoral!
A grande questão aqui vai ser quem leva a presidência, Certo?
Lula trará novamente o reinado vermelho do PT aos trópicos, fundando o mais novo PAÍS COMUNISTA DO MUNDO? Ou o capitão Bolsonaro e sua família conseguirão libertar o Brasil verde e amarelo com suas armas infalíveis: o dólar a R$ 5.30 e a gasolina a R$ 6,50?
São boas questões, de fato, mas eu acredito que o foco está mais uma vez no lugar errado. Acredito que seja assim pois já não sabemos mesmo o que significa a política, para que serve uma eleição, e a força de um diálogo construtivo.
Você sabia que, independentemente de você participar ou não do processo político, seja na sua cidade, no seu estado ou a nível nacional, os vencedores da eleição vão mandar em TUDO que influencia a sua vida? Isso é, vote ou não vote, vote conscientemente ou não, quem ganhar a eleição vai ter o GIGANTESCO PODER de decidir sobre o valor da sua gasolina; o valor do dólar; o valor do livro que você compra pela Amazon; do celular que você compra pela shopee; ou da cerveja, da carne e do pão que você compra no mercadinho da esquina; vai decidir a vida e a morte de seus parentes: seus pais, tios, filhos…
Isso é para valer! Isso importa mais do que tudo na sua vida, justamente porque vai decidir sobre como você vive a sua vida.
Para além dos candidatos, é fundamental que você discuta com respeito as ideias e programas dos candidatos; é fundamental que você saiba o que eles querem e concorde com os objetivos daquele que você escolher. Não vote por votar, e, acima de tudo, não deixe de votar.
Principalmente em um país como o nosso, onde as pessoas vêm perdendo cada vez mais o interesse com a eleição, é preciso entender que esse momento condiciona todo o futuro. Então pense bem, porque mesmo ficar parado também gera consequências, e tudo isso está aí nas suas mãos.
Por: Murilo Pina Bluma